terça-feira, abril 29, 2008

A República

Não venho falar-vos mais de comunismo, estaria a pôr a carroça à frente dos bois.
O que me leva a escrever é verificar que mesmo os Princípios Universais da República não são cumpridos…

Como posso sonhar com Socialismo se nem um sistema político digno do nome República conseguimos construir?

Todos sabemos quais são os Princípios Universais da República: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Ora podemos começar pela Liberdade…

Somos livres de falar e nos manifestar? Sim! Claro!
Mas alguém nos ouve? Não!

Os nossos políticos e governantes orgulham-se de não cederem a pressões do povo e dizem-no abertamente em sistemas de informação!

Será que perderam pura e simplesmente a vergonha? A verdade é que nunca a tiveram!

Igualdade…

Ora, continuamos a ser todos iguais, mas uns mais iguais que outros, como não podia deixar de ser!

Se somos todos iguais, porque é que em algumas empresas as mulheres em desempenho de funções semelhantes às de homens continuam a receber ordenado mais baixos?

Porque é que o senhor que entrou na loja com um fato vestido é sempre atendido com mais cordialidade que eu?

Fraternidade…

Alguém sabe o que isso é?
Não tenho a certeza, mas tenho ideia que não é sinónimo de cada um por si…

Ou muito me engano, mas isto da Fraternidade também não temos por cá.

Temos 97 anos de uma República, que na verdade parece que não é uma República…
O que é afinal? HC

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Subjectividade – A Resposta Universal

Seja para desconversar, não dar a opinião, ou apenas disfarçar o facto de não se ter uma, dizer que tudo é subjectivo começa a tornar-se na resposta universal!
Faz-nos parecer tão respeitadores de todas as opiniões que nem nos damos ao trabalho de dar ou ter a nossa.
Poucas coisas me tiram mais do sério que ouvir alguém dizer que “opiniões não se discutem”, ou o tão simples “isso é subjectivo”.

Como é que se aprende a ser tão transparente que se consiga conceber que um genocídio pode ser algo bom para alguém e como é essa a opinião da tal pessoa nós devemos respeitá-la?

Perdoem a imperfeição da minha pessoa, mas transparente é algo que não consigo ser!
Posso conseguir ver algo de forma imparcial e até perceber racionalmente o que levou a o que quer que seja, mas nunca vou conseguir deixar de tomar partido do que acredito, logo na minha intervenção vou ser sempre parcial.

Quanto às opiniões… Estou sempre pronto para discuti-las, senão o que vou discutir? Se o ditado fosse correcto nós apenas deveríamos discutir em concordância, o que faria de nós conformistas, pois é impossível todos pensarmos o mesmo acerca de tudo! E quanto a respeitar as opiniões dos outros, também peço imensa desculpa, mas há opiniões que não respeito, nem posso respeitar!

Se tudo é subjectivo, a própria subjectividade é subjectiva, logo, os juízos de valor que fazemos até podem estar correctos!

Eu pelo menos sei, sem qualquer subjectividade, que vou continuar a defender aquilo em que acredito, com argumentos, não relativizações.
HC

quarta-feira, janeiro 30, 2008

As Pastas

Que triste forma fomos arranjar para designar pessoas, colocamo-las em pastas com nomes, como se de ficheiros se tratassem!

Sem querer entrar em contradição comigo próprio, pois um peso e uma medida é o que tento sempre advogar, embora já em textos anteriores me tenha referido a certos aspectos desta temática, noutros contextos, o que aqui direi em nada vai contradizer aquilo que expus anteriormente noutros espaços de escrita.

Começo a acreditar que é da natureza humana agrupar tudo o que nos rodeia.
Quando alguém se inclui num grupo de livre e espontânea vontade é algo que não me afecta muito, por mais ridículos que possam ser esses grupos é o próprio que se define como tal e não terceiros.
Acho que me refiro ao que todos chamam de “Rotular”. Todos nós já recebemos algum rótulo: o gordo, o careca, o cabeludo, o preto, o branco, o maricas, o machão, o comunista e o fascista.

No meu caso, e se calhar por culpa minha de não gostar muito de me definir como algo, tenho muitas vezes sido alvo de rótulos que quando vindos de certas e determinadas pessoas me deixam ligeiramente desagradado, principalmente quando não correspondem à verdade.

Não gosto de me definir e como não gosto de me definir, também não gosto que sejam os outros a fazê-lo! De qualquer forma, se é mais fácil para eles colocarem-me dentro de uma pasta para melhor me colocarem naquele pequeno arquivador a que chamam cérebro! Se isto lhes facilita a vida! Também não vamos fazer disto uma guerra.
Mas é chato! E Aborrece!

E até vos vou facilitar a vida, pelo menos num dos rótulos que me tem vindo a ser colocado, o que menos me afecta até, mas o que mais se prende com a minha actividade neste espaço. E até o vou fazer de forma a que todos percebam!

Sou Comunista?
Muito Possivelmente, mas mais Marxista!

Gosto das aplicações do comunismo, na prática, que foram feita até à actualidade?
Nem por isso!

Sou Revolucionário?
Sempre!!!

HC

domingo, dezembro 09, 2007

Alguém me Explica Isto?

...
Existem realmente coisas que me deixam um pouco confuso...
Então o PNR não é de extrema direita?
Se Sim, Porque é que apresentavam esta faixa na manifestação do passado dia 1 de Dezembro?
Vai um Copinho de Leite e uns Biscoitos senhores Fascistas?
...
E a Europa é Defensora da Democracia, Liberdades e Direitos Humanos?
Se Sim, Porque é que não tem qualquer escrúpulo em organizar uma cimeira repleta de ditadores e genocidas? Em que fica determinado previamente que o Genocídio do Darfur ia ser como que esquecido em prol de uma cimeira agradavélzinha?
HC

Conversas...

Apetece-me falar contigo. Mas quem és tu? Não sei! Pelo menos por enquanto…
Mas enquanto vou imaginando como seria uma conversa entre nós, o par ideal, a conjugação perfeita entre dois seres, mais vou acreditando que não existes e que tudo não passa de um sonho estúpido, mais uma formatação que nos é imposta, e que nos embute na mente que a pessoa ideal existe e anda por aí à nossa procura como nós andamos à procura dela… HC

terça-feira, maio 01, 2007

Nada Sei...

Não sabia o que era o sofrimento,
E provavelmente nunca o senti.
Mas o mais próximo que estive desse sentimento,
Foi no dia em que te perdi.

Não foi só a ti que perdi.
Foi um pouco de mim.
Muito de mim!
Foi um pouco do que um dia vivi.

E agora?

Agora já nada sei.
Só que voltei a fechar aquela Cave
Que um dia jurei
Que só daria a chave
A quem me mostrasse um sinal
De que nada poderia correr mal.
HC

sexta-feira, março 30, 2007

Apetece-me Gritar...

Já alguma vez quiseram alguém?
Querer tanto que quando estão sem,
Algo falta e não se está bem?

Pois bem, eu não sei.
Se foi um corrente de ar,
Ou alguma queda que dei.
Sei apenas,
Que quando por mim dei
Sentia a falta de alguém
E não me sentia nada bem!

Querer alguém...
Ter alguém?
Como é que se tem alguém
Se ninguém é de ninguém!
Só queria ter um pouco mais!
Pois quando se quer,
Uma presença não basta!
É preciso algo mais…
É preciso ter o que não se tem!

Um Beijo?
Um Abraço?
Um olhar vago e escasso?
Tá-se bem!
Mas preciso de mais!
Mais de quem um dia, sem ninguém saber,
E sem hipótese de escolher!
Amei!

Apetece-me gritar!
Pois a proximidade visível em unidades métricas
Aparenta cada vez mais ser o inversamente proporcional
À distancia que sinto na alma!

Se é isto que é Amar,
Acho que me prefiro ausentar para aquele lugar
Onde tenho vivido.
E onde pouco ou nada tenho sentido!
HC

quarta-feira, maio 24, 2006

Simplex

À boa maneira do nosso governo, vou “simplificar”! Mas não me refiro a reduzir a burocracia dos nossos serviços públicos, isso é realmente tarefa para os nossos políticos brilhantes e extremamente (in) competentes!
O que eu vou tentar simplificar em poucas palavras será o que se passa no mundo que nos rodeia, peço que me desculpem qualquer lacuna que possa existir na minha análise, mas se eu fosse realmente bom a fazer analises de actualidade não viam o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa na RTP1, viam-me a mim!
Portanto, o que se passa é o seguinte, temos os Estado Unidos da América, a quem eu gosto de chamar “os mauzões”, temos os países do médio oriente a que eu gosto de chamar “os tipos que não são tão maus, mas que ainda assim não interessam a ninguém” e temos os países sul americanos que se auto intitulam de “o Eixo do Bem”!
Apresentados os protagonistas desta história, perguntam vocês, e perguntam muito mal: “Então e o que é feito da Europa?”, meus amigos! Qual Europa?
O que sucede é o seguinte, “os mauzões” continuam numa luta desalmada para acabar com o terrorismo, desculpem, disse terrorismo? Queria dizer Petróleo! E assim vão amealhando pouco a pouco aqueles países que eles designaram como o “Eixo do Mal”, o que acontece é que o Petróleo está mesmo a acabar e questiono-me se eles também tencionam atacar a Rússia quando precisarem de Gás natural!
“Os tipos que não são tão maus, mas que ainda assim não interessam a ninguém”, lá vão fazendo das suas, o mais badalado do momento é mesmo o Irão, devido ao seu programa nuclear, como “os mauzões” avaliam tudo pelo que eles próprios fariam e concluíram logo que o Irão iria construir bombas nucleares para enfeitar as centrais, não estou certo de que não o farão, mas como se explica um apoio tão incondicional aos coitadinhos dos Israelitas e a outros países que, como o Irão, ainda não deram provas de pretenderem destruir o ocidente, não se dar o beneficio da duvida? Será que o”os mauzões” também deviam ser proibidos de ter o seu programa nuclear? Ou esses estão acima de qualquer suspeita? Ao fim de contas foram os únicos a usar o poder nuclear para fins destrutivos!
Quanto ao “Eixo do Bem”, trata-se de um movimento anti-mauzões, que visa evitar serem abarbatados por aquele Golias que sempre que podes os espezinha! É constituído por Cuba, Venezuela e Bolívia, e alegam que este milénio não será de impérios, mas sim do povo! O que eu tenho a dizer é apenas:
Até Que Enfim Que Apareceram uns Tipos com Tomates!
E foi esta a minha síntese simplex! Eu sei que foi péssima e cheia de lacunas, mas sucede que já não vejo o telejornal há duas semanas, não é que sinta a falta, mas sempre se perde meia notícia importante por dia! HC

terça-feira, abril 25, 2006

Revolução

Abril não é Evolução
É Liberdade de Expressão
Abril não é Tradição
Abril é Revolução!

O Povo saiu à Rua num dia Assim
Sem medo do Regime que ali teve um Fim
Findou-se a Repressão
Gritou-se Revolução.

Ao som duma canção
Ressuscitou-se uma Nação
Pela mão de um Capitão
Fez-se a Revolução.

E nos dia que Correm
Poucos serão os que se Revoltarão
São este poucos que Dizem
Viva a Revolução!!! HC

sexta-feira, abril 21, 2006

É Triste (reedição)

É triste viver mudo.
Sem poder falar.
É triste viver neste mundo.
E ter que me calar.

O mundo que me rodeia
Não é mais que um tribunal,
Mandam-me para a cadeia
Se não cumprir o ritual.

É triste ter asas
E não poder voar.
É triste ter armas
E não poder lutar.

Cercado de opressão,
Sem sequer reparar.
Vou deitando ao chão,
o que o mundo tem para me dar! HC

sexta-feira, março 31, 2006

Make Love...


...Not War! HC

quinta-feira, março 30, 2006

Hugo Chávez fala por mim…

«És um ignorante, és um burro, Mr. Danger. You are a donkey, Mr. Danger, you are a donkey, Mr. Bush», disse Hugo Chávez, misturando o castelhano e o inglês, durante o seu programa dominical na rádio transmitido do Estado de Apure, no extremo sul do país.

«Confirmamos o que já sabíamos: ele (Bush) é o chefe da oposição venezuelana, não é nenhum destes jornaleiros que andam por aí», prosseguiu.

Chavez acusou ainda a Casa Branca de dominar os oposicionistas, entre os quais os proprietários dos jornais e canais de televisão privada do país.

«Se algum dia lhe ocorrer invadir a Venezuela, estaremos à sua espera», disse ainda, atribuindo em seguida Bush epítetos como «cobarde», «assassino», «genocida», «alcoólico» e «imoral».

Numa referência ao Iraque, acusou Bush de assassinar crianças e mulheres naquele país, invadido há três anos por tropas norte-americanas.

«Os teus soldados não são assassinos, és tu (o assassino)», disse.
in TSF Online

Acho que não tenho nada a acrescentar...HC

segunda-feira, março 27, 2006

Toca a Desarmar...

Qual não foi o meu espanto ao ver anunciar, num dos boletins informativos televisivos, que se tinha tomado uma nova medida para acabar com a circulação e posse de armas ilegais! E pensei cá para comigo (que é algo que gosto de fazer): “Finalmente decidiram combater estas coisas a sério!”
Não podia estar mais enganado!
Mais adiante, no tal boletim informativo, transmitiram a notícia completa, a medida do governo consistia em deixar que os prevaricadores que possuíssem uma arma ilegal a pudessem entregar às força da autoridade, sem serem punidos pela sua posse até à data!
Ainda mais, estas armas poderiam servir posteriormente para serem usadas pelas forças da autoridade!
Não pude evitar lembrar-me dos tempos do ensino primário, que quando desaparecia algum utensílio a um colega meu e se desconfiava de furto, a professora mandava apagar a luz e pedia que o culpado colocasse o tal utensílio desaparecido em cima da secretária, de forma a que não se soubesse quem tinha executado o furto e assim se recuperava o objecto sem os culpados necessitarem de ser castigados!
Escusado será dizer que o objecto nunca aparecia! HC

domingo, março 26, 2006

Revolucionários...

O Regresso...

Depois de quase dois anos de coma profundo e quase morte anunciada, decidi voltar a escrever qualquer coisa para aquele que supostamente seria o meu projecto a solo numa vertente mais interventiva, a verdade é que na altura a desilusão era tanta que me deixei deprimir ao ponto de levar esta ideia a um estado de vida latente, mas que agora termina!
Podem esperar por textos estupidos, com pouco sentido da realidade, mas na maioria das vezes a desancar politico, que na verdade é o que o meu povo gosta!
Até um motivo real pa escrever! Apareçam Sempre!!! HC